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sobre a lu

"quanto mais você inspirar, mais pessoas o inspirarão."

Simon Sinek

Sobre

Olá! Eu sou a Luísa... ex-workaholic, ansiosa e fibromiálgica no controle da situação!

 

COMO EU ERA

ANTES DO BURNOUT:

 

Meu primeiro emprego foi aos 14 anos, e dos 17 aos 22 tive sempre dois empregos simultâneos e a faculdade de direito à noite.

Tudo parecia que estava certo, afinal, nos diversos empregos que tive eu era excelente em fazer mais e melhor do que o solicitado, de forma rápida, assertiva, e melhorando processos apenas utilizando a intuição e o empirismo.

Somente aos 23 anos, em 2009 foi que passei a ter apenas um emprego, mas continuava muito no “deixa a vida me levar”, confiando na minha memória e intuição para qualquer coisa, sem planejamento, sem nem mesmo usar corretamente uma simples agenda.

 

Mas, agora eu tinha muitas mais responsabilidades, e logo me vi entrando em desespero, pois trabalhava muito mais do que o normal e até mesmo que o esperado, e estava sempre com a sensação de que o trabalho pendente só aumentava.

 

Estava sempre em destaque, mas também esgotada física e mentalmente.

 

Comecei a me observar mais e vi que, além do casamento infeliz e abusivo, havia também a tal da síndrome da impostora que me fazia pensar que só sendo uma supermulher eu teria sucesso.

 

E até certo ponto a vida parecia provar que isso era verdade, afinal, fui rapidamente promovida. Eu estava sendo diuturnamente "recompensada" por sacrificar toda a minha vida.

Para mim só havia uma forma de ser considerada suficiente: fazer tudo que eu aguentasse, trabalhar demais, até não ter mais forças, com a maior qualidade possível.

Em 2018 fui novamente promovida e logo tive uma crise de exaustão depois de uma semana sem dormir. Fui ao psiquiatra pela primeira vez, tomei a medicação receitada para dormir, dormi e só.

Alguns meses depois aceitei o convite para trabalhar na matriz da empresa, saindo do atendimento e entrando no mundo da estratégia. Mudei, então, para Brasília e aqui repeti o mesmo padrão insalubre: trabalhar muitíssimo mais que o necessário e exigido, a fim de ser reconhecida, também, financeiramente, como eu estava acostumada.

Em 2020 chegou a pandemia e o Home Office forçado e sem gestão preparada para isso.

Coordenei a implantação das esteiras de atendimento uma das ações de enfrentamento à Pandemia de Covid-19, projeto do qual me orgulho demais, mas a partir desse, por conta da emergência sanitária mal gerida pelo Governo Federal, meu caminho para o Burnout foi acelerado em progressão geométrica.

No primeiro ano da pandemia eu trabalhava todos os dias (inclusive feriados e finais de semana) das 7h às 21h, no mínimo, muitas vezes parando depois da meia noite. Parei de fazer absolutamente tudo que eu fazia fora da empresa: Pilates, pós-graduação, MBA, não li quase nenhum livro, não via filmes e séries, não corria mais na rua, não limpava mais a casa, não dormia.

Eu só trabalhava. Meu peso subiu cerca de 12kg nesse primeiro ano. Para tentar reverter o dano comecei a terapia, mas percebia pouco resultado e vivia cancelando por não conseguir me desvencilhar de alguma reunião.

Tive algumas frustrações em processos seletivos e num dia após a entrevista de um desses processos, antes mesmo de ter ideia do resultado, tive outra crise de ansiedade. O médico me disse novamente que era exaustão e me deu 5 dias de atestado. Novamente, me ausentar por 5 dias foi a única coisa que fiz, e voltei ao ritmo na semana seguinte. 

O BURNOUT:

Na semana em que o Brasil se aproximava de 4 mil mortes por dia por conta da pandemia, ainda sem perspectiva de vacinação satisfatória, tive uma última tentativa de entrevista para promoção, outra frustração, ao mesmo tempo uma briga com o meu já ex-gestor e numa sexta-feira eu comecei a chorar pelas 17h e não parei mais. Um choro de desespero. E quando a gente não sabe exatamente pelo que está chorando o desespero aumenta.

Dessa vez tomei coragem e fui pela segunda vez na vida ao psiquiatra, que me afastou do trabalho por 30 dias e “me obriguei” a olhar para este problema. Dessa vez eu realmente parei tudo, absolutamente tudo que dizia respeito ao trabalho.

Foram 30 dias de  dúvidas e medos... medo de não sair do Burnout e de me tornar medíocre.

Com a pausa comecei a entender que ser workaholic nada tinha a ver com ser uma profissional de qualidade, comprometida e de resultado. Percebi, também, que a partir de certa carga horária cumprida o trabalho já não  tinha  a mesma qualidade que no início do dia, e que era um tempo valiosíssimo desperdiçado.

Voltei a levar a terapia a sério, mesmo achando que não estava dando liga (troquei de terapeuta  em seguida). Foi a primeira vez que eu realmente fiquei com o pensamento voltado para mim, para a minha cura, e não me preocupei se estava tudo funcionando no trabalho enquanto eu não estava lá.

COMO EU ERA NO INÍCIO DO TRATAMENTO:

Foram 30 dias de descanso, muita série, novos hábitos, corrida na rua, HQ, muita música e leituras.

Me aprofundei em estudos da CNV – Comunicação Não Violenta. Fiz 5 cursos de temáticas específicas sobre o assunto e li 3 livros do autor da abordagem, o psicólogo Marshall Rosenberg.

Em janeiro de 2022, enquanto eu  aprendia a ser a nova Luísa ao mesmo tempo em que tentava fazer o assédio moral que já perdurava há quase um ano não me derrubar, recebi o diagnóstico que explicou tanta dor que vinha toda vez que eu tinha alguma preocupação, frustração, decepção, briga: a Fibromialgia, que é a dor crônica cujo principal gatilho é o desequilíbrio das emoções e o tratamento é prática de exercícios + qualidade de vida e principalmente qualidade de sono.

A fibromialgia é assustadora, mas saber lidar com ela é uma libertação. Depois do diagnóstico eu também tive raros episódios de dor generalizada, pois eu venho administrando a ansiedade desde antes disso, e essa é a principal forma de evitar as crises de dor.

Um mês depois acordei numa sexta-feira com a notícia de que minha função não era mais de interesse da unidade e que eu deveria procurar outra área para trabalhar. Mais do que sem justificativa, isso aconteceu depois de me avaliarem com nível máximo no processo de gestão de desempenho.

 

COMO EU SOU HOJE, DEPOIS DE LIVRE (DAQUELE)* BURNOUT:

Conto tudo isso para mostrar o porque eu me dediquei tanto a estudar e experimentar diferentes métodos de produtividade e encontrar formas de fazer isso mantendo a minha saúde mental em dia.

Já são 3 anos de foco total nesse tema. Terminei minha pós, meu MBA, comecei a estudar inglês e estou conseguindo entregar com qualidade tudo que me comprometo no meu emprego ao mesmo tempo que faço o projeto Produtividade Sem Burnout acontecer.

Eu li muito, testei muito, errei muito, e aprendi muito!

 

Agora estou aqui para ajudar você a controlar sua rotina fazendo tudo o que for essencial para você, dentro das suas condições e objetivos.

Seja bem-vindo ao projeto mais legal da minha vida :)

 

 

*Assim como qualquer doença mental, o Burnout pode voltar a qualquer momento se a gente não se cuidar. Por isso digo que me livrei daquele, mas que agora depende de mim não chegar a outro.

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